Um momento...Estranho, ser humano... Amor incondicional...



(*) Ontem a caminho da faculdade, em um ônibus lotado,
me encontrava ao lado de uma sorridente senhora!
Do nada começamos a conversar... Não me recordo como iniciará nosso diálogo,
mas suponho que seja aquelas perguntas "feitas" de quem quer puxar assunto...
ah não, lembrei, eu havia lhe perguntado se ela sabia os horários daquele ônibus,
que não era de meu costume pegá-lo, mas também não era do costume dela!(Não tive sorte..rs)
E como algo místico, como se nos conhecessemos a anos, estávamos a conversar sobre a educação, política, os seres humanos... Ela me contou sobre as suas histórias de quando criança, como se eu fosse uma neta dela, histórias tão gostosas de se ouvir... Contou sobre lendas de uma princesa que se apaixonou por um forasteiro, e magnânimos fatos sobre sua vida!
Podíamos rir alto de tanto contentamento, dentro do ônibus ainda lotado...

Descobri que ela é professora de uma escola estadual, inclusive perto da faculdade na qual estudo, contou sobre as grandes dificuldades que se hoje numa escola, onde os próprios pais querem delegar, deixar a educação para os professores, o que sabemos que não é bem assim...
Falei sobre o meu grande objetivo de fundar uma escola, de verdadeiros valores humanos, discorremos muito também sobre o assunto...Por vezes até discordávamos, mas podíamos compreender as formas de pensar, e inclusive agregar embasamentos para nossas "teorias"...

Depois pude lhe contar minha trajetória como atriz, e como, meu último trabalho, que ainda estou, é um musical infantil, sobre a importância da alimentação, e sutilmente sobre o ser humano acreditar em si mesmo, e pensar diferente, ela manifestou o desejo de levar a peça para a escola na qual ela trabalha... Por isso, resolvemos trocar e-mail... Sabíamos que desceríamos no mesmo ponto, e só quando íamos descer, perguntamos o nome uma da outra... Seu nome, Rosa... e o meu, por pura coincidência era o nome da neta dela, que ela tanto ama, e inclusive ela diz que é o nome que ela põe em todas as suas senhas... (ok, isso ela não precisava ter contado! rs)

Ao descermos peguei uma caneta minha, e ela me pediu para que eu escrevesse no final do seu livro meu e-mail... logo ela me interrompeu e disse: - Nossa, gostei muito de você! Escreve nesse outro papel e o livro fica pra ti!
Estranhei e hesitei: - Não, não precisa. Era um livro que era visível seu apreço, todo encapado de forma diferente, estilizado, ou estiloso, eu diria.
E ela de forma rigorosa falou: - Sim, eu quero dá-lo à você! (E eu ia escrevendo no papel...)
Eu só podia agradecer...como assim, alguém que nem me conhece, me dá um livro de uma hora pra outra?!?!
Eu: - Obrigada senhora Rosa, vou lê-lo com muito carinho!
E ela: - Olha, eu não sou crente não!!! É que gostei muito de você, e gostaria de lhe dar algo...
E eu: Também adorei te conhecer! Muito bom... escreve aqui, no livro, seu e-mail...
Ela escrevera com uma caneta dela, que ela também acabou me dando...

E assim, ela indo para o caminho dela, eu entrando na faculdade, nos despedíamos, dizendo,
"adorei!" "se cuida!"...

Momento inexplicável!

Já comecei a ler o livro, Ágape, que existem alguns simbolismos que eu "mudaria" que eu de sentido e tudo mais... mas que me chamou atenção vários de seus trechos...
Afinal, tudo pode ser aproveitado!

Gabriel Chalita, escritor e doutor em Filosofia do Direito e em Comunicação e Semiótica,
diz no Prefácio do livro:

"Ágape é o amor incondicional, o amor generoso, sem limites; puro, livre!
Estamos acostumados em viver em um mundo em que as pessoas agem na expectativa de reciprocidade. A ação traz uma reação. Infelizmente, não se encontra sabor em relações desinteressadas. A suposta amizade vive de expectativas.
As amizades interesseiras têm prazo de validade. (...)
Descartar uma pessoa é mais fácil do que se desfazer de um objeto de estimação.
Falta estima pelo ser humano. Vivemos em uma sociedade em que o consumo coisifica a pessoa. (...) É preciso resgatar os valores que nos conduzem a felicidade."


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