A Nona Onda! "O importante é nunca mimar a si mesmo, nunca fazer corpo mole (...) agora é o momento, de extrair a grandiosa força que existe em você! "


A Nona Onda é uma pintura a óleo sobre tela de autoria do pintor russo Ivan Aivazovsky. A obra fez parte da exposição especial do 20o aniversário do Museu de Arte Fuji de Tóquio, de 1o de novembro de 2003 a 1o de janeiro de 2004. Atualmente, a obra está em exposição no museu em São Petersburgo, Rússia.

Ao admirar a obra de arte Nona Onda do pintor russo Ivan Aivazovsky, o presidente Ikeda escreveu este poema intitulado “Observando a Nona Onda”, no qual expressa seu sentimento sobre o poder da superação...




Nona Onda!

Comovente, fascinante!
Pulsou forte em meu coração
A infinita coragem humana.


Nela, vejo

O poder avassalador da natureza,
O poder robusto da superação.


Jamais vi uma obra como esta,

Que simboliza perfeitamente a batalha
Entre a vida e a natureza.


Em meu coração,

Jamais devo esquecer o caminho da batalha
Contra a opulência da nona onda,
Jamais devo esquecer a batalha
Do ser humano pela sobrevivência.


Todos conhecem

A grandiosidade da Nona Onda,
Obra de arte de Aivazovsky,
O maior pintor russo do século 19.
Ano 1850 – 32 anos,
No auge de sua juventude
Criou essa obra de arte.


Como pintor-mestre de oceanos,

Produziu mais de seis mil obras-primas
Em sessenta anos,
Telas que ficarão gravadas
Para a posteridade.
Aivazovsky era muito rápido.


Uma vez com o pincel na mão,

Sua devoção à arte era absoluta.
Ele afirmou:
“Seja qual for o campo de atuação,
Se houver o esforço contínuo,
A vitória será infalível.
O importante é
Nunca mimar a si mesmo,
Nunca fazer corpo mole”.


Aivazovsky buscava o

Autoaprimoramento incessantemente.
Quando lhe foi perguntado,
Qual obra mais gostava, respondeu:
“A minha favorita é a
Que não está concluída,
Aquela que comecei a pintar hoje”.


Nona Onda -

A mais admirada de suas obras,
A que representa o ápice da arte russa.
Nela, vejo o forte desejo,
E a busca humana pela coragem.
Sinto que a disposição de espírito do pintor
É eternizar em seu coração,
A grandiosa e incansável batalha,
A cena da milagrosa superação humana.


Em certos momentos,

Ele pulava da cama com
O incontrolável desejo de pintar,
Em outros, dava tudo de si
Para seguir adiante e concluir o trabalho.
Indivíduo de própria crença,
Aivazovsky queria mostrar 
A missão e o poder da superação
Do ser humano.


Nem a fama

Nem cargos de alto escalão
Chamavam sua atenção.


Nessa obra-prima,

Aivazovsky manifesta sua ardente paixão:
“Se quer me atingir, que o faça.
Se quer me difamar,
Que o faça também.
Mesmo que eu vá preso
Por causa de minhas convicções,
Irei com toda a honra,
Mas ainda assim cumprirei 
Minha missão!”


Não há nada que destrua

O coração do ser humano,
Não há adversidade que supere
A coragem do ser humano.


Supere tudo!

Absolutamente tudo!
Qualquer tormento no caminho,
Você deve vencer!


Um quadro com 

dimensões impressionantes,
Dois metros de altura
e três de largura,
Preenchido na totalidade
Pela avassaladora fúria do oceano.


Mesmo com o barco completamente 

Envolvido pelas ondas,
Prestes a naufragar,
Os seis indivíduos se apoiam
Firme no mastro
E lutam contra a fúria do oceano.
Expostos à escuridão da tempestade,
Com o mar pronto a engoli-los,
Pergunto-me se eles passaram lá
Uma noite inteira.
Um deles à beira da morte,
Prestes a desistir,
Imagino a tensão em seu coração.


Vejo também um homem corajoso

Que estende sua mão ao outro homem
Já caído no mar.
Expondo a si mesmo, 
Arrisca a própria vida.
Há algo flutuando!
E agarrado ao mastro quebrado
Um homem acena com um pano vermelho
E grita apontando algo.
É uma pessoa!
É um amigo da tripulação
Vivendo o mesmo drama.
Agarrado a um pedaço de madeira,
Um companheiro que também luta
Contra a tempestade do mar.


Artistas afirmam

“Não seria a pessoa,
Que desesperadamente luta sozinha
Para sobreviver em meio à fúria da onda,
O personagem principal da Nona Onda,
O verdadeiro corajoso dessa obra?


Ao aproximar

O ouvido do quadro,
Ouço o som do forte vento,
Ouço o som das agitadas ondas.
Nesse cenário desolador
Percebo uma voz.
Um homem que continua a gritar
Em direção aos amigos,
Na ânsia de ser salvo.
Não bastasse tudo isso,
Com seus mais de vinte metros de altura 
Cresce na direção deles
A assombrosa nona onda.


Com salpicos brancos selvagens

Emoldurando o céu!
Rigorosas e tormentosas,
Onda após onda
Atacam sem piedade.
A impetuosa nona onda
A maior de todas,
A mais severa e monstruosa onda.


Entre os navegantes

Desde os tempos antigos
Sabe-se que ondas de tempestade
Têm um ciclo,
E que a nona é a mais temível.
É a maior.
E por ser a maior de todas,
Você deve sobreviver.
Deve superar e ultrapassar.
Coragem, persistência! 


Ao superar essa enorme onda,

Um claro caminho
Se abre à sua frente.
Agora é o momento,
O momento de extrair a grandiosa força
Que existe em você.
Supere a mais poderosa das ondas!


Barwinski, poeta russo

Cantou a natureza humana:
“Vasto oceano,
Fúria e tempestade!
Revele-se! Enfureça!
Choque suas ondas tempestuosas
Em rochas.
Meu espírito se eleva
Ao ouvir seus impetuosos rugidos,
Aguardo ansioso sua revelação.
Aguardo o sinal 
Para iniciar nossa batalha.
Prestes a lhe enfrentar,
Meu coração se exalta,
Encaro você,
Meu grande e maior inimigo!”
Magníficas palavras!
Repletas de infinita coragem,
Ressoam profundamente 
Em minha vida.
“Ondas se fortalecem ao
Enfrentar obstáculos” -
Esse é meu lema desde jovem.
É herói quem luta bravamente
Sem medo nem covardia
Mesmo em meio
Às mais árduas batalhas.
Não há mais medo de morrer,
Mas devo viver,
Devo sobreviver!
Será este o fim?
Chegou a minha hora?
Não! Devo sobreviver,
Devo continuar nadando.
A gigante onda está em fúria,
Vindo em nossa direção
Para nos matar.
Mas eu jamais desisto,
Jamais permito ser
Vítima dessa perseguição!
Se eu parar de nadar agora,
Terei infinitas
Ondas de arrependimento
Ao longo de minha vida.
As ondas se agigantam,
Continuam assim 
Cada vez maiores.



Se vencer esta tempestade
Eu me torno o autêntico
Bravo herói da vida.
Mesmo não reconhecido,
Eu venço a mim mesmo,
Essa certeza é minha vitória!

Não há testemunhas
De meus esforços,
Ninguém age em meu favor.
Um covarde pode dizer, 
“Sua honra é sem fundamentos”.
Essa calúnia se volta contra o próprio,
Em forma de tempestade
Cheia de incertezas.

Invejosos de nossa honrosa existência,
Esses covardes sempre
Haverão de distorcer
Nossas histórias de vitórias e justiças,
Caluniando a nossa pessoa sem hesitação.

Ser desprezado não é nada!
Jamais perca seu orgulho!
Não importa o que aconteça,
Eu sou o causador
Da minha própria felicidade.

Vença seus desafios!
Seja o monarca da vitória indestrutível!
Torne imortal cada uma de suas conquistas
E vença em tudo!

Sobre o poder
E função da Lei Mística,
O Sutra de Lótus afirma:
“Mesmo que o senhor se encontre 
Com um peixe-dragão demoníaco,
Mesmo que o senhor esteja
Sem rumo no oceano,
As ondas não serão capazes de afogá-lo”.

Em Abertura dos Olhos, 
Nitiren Daishonin descreve que
Os obstáculos enfrentados 
Nos Últimos Dias da Lei 
Surgem como sorrateiras “ondas duplas”
Uma após a outra.

Quem se dedica
À justiça da verdadeira Lei,
Liberta em si
O poder de esmagar 
Qualquer obstáculo tempestuoso.
Vencer uma!
Vencer a outra onda!
Superar sucessivas ondas de obstáculos,
Isso é Kossen-rufu!

O grande escritor russo Dostoiévski
Louvou a arte da Nona Onda
“Mesmo sendo uma pintura de tempestade, Há alegria.
Por ser uma arte que representa
O ataque tempestuoso,
Há beleza
Que eterniza e move poderosamente
O coração de seus apreciadores”.

Observem!
Há brilho nas pessoas,
Que esgotaram suas energias 
Em inúmeras batalhas
Contra adversidades.
Elas irradiam o sol da esperança
E fazem brilhar o grande céu.

O herói nadou e venceu,
Venceu a perseguição das ondas
E evitou a própria morte.

Lágrimas de alegria 
Não podem ser contidas,
Seus olhos voltam-se para a onda
Que tanto sofrimento trouxe.
Ele agora enxerga o oceano como 
Vasta terra verde, 
Palco de eterna batalha imutável.
É o cenário de lutas passadas e futuras.

A onda de dificuldades
Que tentou abater o batalhador
Agora se acalma
E se rende à sua vitória.
É a vitória do esforço!

Venceu!
Ele venceu!
O glorioso sol surgiu
Em seu jovem coração.
Ele não fugiu de sua provação.
Superou a fúria das ondas!

A terrível onda, ele venceu.
A imensa onda, ele venceu.
A violenta onda, ele venceu.
Com obstinação e esforço,
Venceu!

Depois de contemplarmos a Nona Onda,
Minha esposa discretamente
Olhou para mim e disse:
“É igual à história da sua vida”.

Aos 19 anos, escrevi em versos:
“Um jovem mudará o Japão,
Sem se intimidar
Diante da furiosa onda”.

A manhã repleta de esperança e paz
Nos aguarda,
Aguarda o ser humano,
Aguarda o corajoso.

Meu companheiro,
Levante-se com forte determinação!
O grande sol da vitória,
Uma vida gloriosa,
Certamente o espera!

Acabada,massacrada,estonteada,mancada... Dói? Deita e Dormi!

Não. Hoje eu não estou cansada... Hoje eu estou A-CA-BA-DA!

Parece que uma manada de elefantes passou por cima de mim, depois veio, uma tropa de cavalos, e depois de vacas e bois, de aves rapinas, morcegos e ratos... acabada, esgotada, bacorada, atropelada, massacrada, bofetada, burricada, cacetada, chinelada, canelada, casmurrada, mutilada, facada, estonteada, marmelada, narigada, mancada...

Pois é... O dedinho mindinho do pé? Dói. O calcanhar? Dói. A batata da perna? Dói. O joelho? Dói, dói. A coxa? Dói. A virilha? Dói, dói, dói, dói. A cintura? Dói. As costas? Dói, dói, dói. Os braços?  Dói. Os ombros? Dói, dói, dói. O pescoço? Dói. E a cabeça? Dói, dói, dói, dói, dói (...)

A única coisa que queria agora era também com 'D"... Deitar e Dormir!


*Depois de um dia muito exaustivo de trabalho, depois do CLAC, voltando a pé para casa... 14.07.2014

Budismo na Visão do Caio Fábio (Evangélico)

" Sidarta, o primeiro Buda, foi um ser humano extraordinário. O que ele criou, de fato, não foi uma “religião”, mas uma psicologia do profundo, uma espécie de filosofia do ser. Na realidade Sidarta experimentou os pólos extremos da existência—riqueza, como príncipe; e pobreza extrema, mendicância, fome, e jejuns excruciantes, como religioso—; até que concluiu que o “desejo” é aquilo que gere sofrimento, pois, é dele que vêm todas as “frustrações e dores”. No entanto, após ter feito a viagem do “desejo”—como homem nascido num palácio e em meio à riqueza—, e também após ter tido as mais fortes experiências de mortificação pelo jejum e pela entrega a toda sorte de abstinência e privações—como andarilho e religioso—, ele entendeu que o caminho da paz não era nem o do desejo satisfeito e nem o do não-desejo radical, mas sim a via do meio, o caminho do equilíbrio e do desapego. Todavia, esse desapego, ele percebeu, não era indiferença e ausência de amor na vida, mas a liberdade de olhar a vida pelo amor e pela bondade, que é o que criaria a paz interior para amar sem possuir. Ora, o amor que ama sem possuir “tudo sofre” porque não sofre “tudo” o que as pessoas sofrem quando dizem amar. Esse amor que ama sem possuir é aquele descrito por Paulo em I Co 13. O mais... as questões de exercícios, disciplinas devocionais, psicológicas, etc... seriam apenas os instrumentos que serviriam ao propósito de ajudar o indivíduo a ir entrando nesse estado de leveza bondosa e harmoniosa. Ora, este é um resumo do ensino original de Sidarta. De lá para cá, todavia, muita coisa mudou. À semelhança do que acontece com todos os grupos humanos que originaram sua crença em algo simples, o processo de continuidade daquilo acaba por criar sobre o que antes era uma experiência possível e boa para o coração e a mente, uma religião, ou, se nem tanto, muitas e diferentes variações da mesma fonte original. O que temos hoje, portanto, em muitas formas de budismo, é uma espiritualidade já bem mudada em relação ao original. Na realidade a filosofia de Sidarta não queria ser uma religião e nem uma doutrina, mas um modo de vida. De fato, o budismo nada diz acerca de Deus, o que é um favor—favor que nem sempre temos a benção de ver acontecer à nossa volta, visto que é melhor não tentar falar de Deus do que criar um “Deus perverso”, como muitas vezes se faz. Quando você encontra um budista gente boa e tranqüila, e não fica tentando catequizar o sujeito, mas tão somente aproveitá-lo como ser humano, em geral, o que acontece, é que ele acaba por vir a amar muito a Jesus, posto que verá em Jesus aquilo que no budismo não existe, que é Deus revelado em amor pessoal. O budismo é, portanto, na minha maneira de ver, uma filosofia psicológica, e que, como tal, deveria ser entendida por todos. Quem encontrou a Jesus e conhece o amor de Deus deve ser amoroso, misericordioso e generoso. O budismo original diz que esses valores são os da via do meio, do equilíbrio (...) "

Bom, a quem interessar, achei essa teoria interessante -->  Jesus Cristo era budista?!

Embora não haja provas suficientes para traçar uma firme conclusão, alguns eruditos afirmam que o Sutra de Lótus chegou a influenciar até mesmo o Novo Testamento da Bíblia...
Por exemplo, a história do filho pródigo no Evangelho de Lucas é muito similar à parábola do homem rico e seu filho pobre, que aparece no capítulo “Fé e Compreensão” do Sutra de Lótus.

Coincidências e coincidências ... Histórias e histórias...
Bem provável que jamais saibamos o que de fato aconteceu há tantos anos atrás... mas acho que também não seja isso que influencia diretamente em nossa felicidade... De fato, quero levar minha vida com essa filosofia de vida, de encontrar meu CAMINHO DO MEIO !