Meu corpinho, minhas regras!

"(...) E não existe maneira mais fácil de destruir a auto-estima de alguém do que revogando a posse do seu próprio corpo. Esse corpo que não te pertence, pertence a alguém – aos mais velhos, aos mais fortes, àqueles que são capazes de silenciar através da violência.

Por aqui fomos agraciados com a presença de uma menininha com uma grande personalidade. E essa menininha nos ensina dia a dia como gosta de ser tratada e acolhida. Nós, mãe, pai, babá e avós acreditamos que essa voz merece ser ouvida. Que a nossa relação com ela deve ser baseada no respeito mútuo. Então manifestações de carinho a afeto são aquelas que nascem espontaneamente de dentro do seu grande coração de bebê. Chamegos e afagos não faltam, mas apenas aqueles que nós desejamos que aconteçam, em qualquer hora, em qualquer lugar. Não é porque a visita está se despedindo que merece um beijinho, não é porque o tio quer um carinho na hora que chega. Lutamos dia a dia para ensinar a Liz que o nosso amor por ela não está vinculado à noção de obediência, ou de cumprir tarefas que foram ordenadas. A amamos exatamente por ela agir como age, por ela ser quem ela é.

NÃO É UMA TAREFA FÁCIL – de alguma maneira fomos ensinados desde pequenos que quando nos tornamos pessoas grandes temos algum tipo de poder que deve ser exercido sem controle sobre o corpo e sobre a individualidade de nossos filhos.
Alguns de nós apanharam, alguns de nós foram abusados por amigos e parentes que viviam no entorno familiar. (...)"

Texto na íntegra (vale a pena!): Meu corpinho, minhas regrinhas...

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