"(...) E não existe maneira mais fácil de destruir a auto-estima de alguém do que
revogando a posse do seu próprio corpo. Esse corpo que
não te pertence, pertence a alguém – aos mais
velhos, aos mais
fortes, àqueles que são capazes de
silenciar através da violência.

Por aqui fomos agraciados com a presença de uma menininha com uma grande personalidade. E essa
menininha nos ensina dia a dia como gosta de ser tratada e acolhida. Nós, mãe, pai, babá e avós acreditamos que
essa voz merece ser ouvida. Que a nossa relação com ela deve ser baseada no respeito mútuo. Então manifestações de carinho a afeto são aquelas que
nascem espontaneamente de dentro do seu grande coração de bebê. Chamegos e afagos não faltam, mas apenas aqueles que nós desejamos que aconteçam, em qualquer hora, em qualquer lugar. Não é porque a visita está se despedindo que merece um beijinho, não é porque o tio quer um carinho na hora que chega. Lutamos dia a dia para ensinar a Liz que o nosso amor por ela
não está vinculado à noção de obediência, ou de cumprir tarefas que foram ordenadas. A amamos exatamente por ela agir como age, por ela ser quem ela é.
NÃO É UMA TAREFA FÁCIL – de alguma maneira fomos ensinados desde pequenos que quando nos tornamos pessoas grandes temos algum tipo de poder que deve ser exercido
sem controle sobre o corpo e sobre a individualidade de nossos filhos.
Alguns de nós apanharam, alguns de nós foram abusados por amigos e parentes que viviam no entorno familiar. (...)"
Texto na íntegra (vale a pena!):
Meu corpinho, minhas regrinhas...
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