“Sofredora” do amor


                    

Eu deveria estar fazendo milhões de coisas nesse momento – estudar prova de amanhã, terminar de compor duas músicas que faltam, escrever tcc, estudar músicas para regência, mandar currículos, fazer daimoku, estudar inglês, dançar, namorar, ficar com minha família, etc. – ou seja,  menos escrevendo aqui... Mas antes de qualquer coisa, eu precisava desabafar,... precisava de alguma forma extrair o que está se passando em minha mente agora, e que presumo ser as dores do coração... se não, eu não conseguiria fazer nada do que preciso fazer bem feito... Eu iria continuar com esses pensamentos martelando a minha mente e... em resumo, aqui estou, escrevendo,  desabafando, me descabelando, me desfazendo, me mostrando, exibindo meu eu, que nem sempre eu queria conhecer...  para ficar um pedaço desse sentimento nessas palavras e então me sentir mais livre ainda, seguindo em frente e ainda mais feliz!

E então, aqui estou: a “sofredora” do amor... É o que está passando na minha mente agora, ué. Que eu estou sofrendo de amores... E o quanto isso é bom e ruim... Parece mentira e verdade ao mesmo tempo... Parece passado e presente na mesma hora... Parece que passa, e que “já já” volta... Só quem passou, ou passa por isso sabe do que estou falando!

 É, às vezes um “sofrer” que se tem prazer em sentir, é um momento mágico, onde sua disposição para a vida muda, as várias atividades do seu dia são feitas com outro olhar, o sentido das coisas, diferente , modificado, outro ângulo, uma maior inspiração para escrever, dançar, cantar, compor... Não sei se são as melhores composições, mas são as com mais sentimento! A alegria do seu viver é admirável, maravilhosa, surpreendente, extraordinária, arrebatadora, delirante, prodigiosa, e outras mil palavras, que não descreveriam esse sentimento!

Aproveitando, que falei do prazer e do sofrer, lembrei-me de algo que uma amiga comentou que ela leu, de alguns especialistas na mente humana, e que já ouvi de psicólogos. O quanto muitos, de nós, seres humanos, acabamos nos acomodando com as coisas... Ficamos estagnados na dor (ou sofrimento), porque é a área que se conhece. E como não se sabe bem se conseguirá o que deseja, ou como é a área do prazer (ou felicidade), acaba-se preferindo continuar na zona de conforto (ou o desconforto, porém,  já conhecido)...
Ela me contou que leu um exemplo de uma mulher, que conhece um rapaz, e se apaixonou. Ele era uma pessoa maravilhosa, apesar de um pouco agressiva com outras pessoas, ele fazia tudo por ela. E então, eles começaram a namorar, e depois de um bom tempo ele começa a se mostrar agressivo nas palavras com ela, mas, “ok”. Se casaram, e então ele dá o primeiro tapa nela... Mas tudo bem, eles agora já se casaram, e ele era uma pessoa boa. E então ele acaba a espancando, e isso virá uma rotina. Mas tudo bem, ele é um bom pai, já estão juntos a tanto tempo... mesmo porque, quem ela conseguiria já tendo filhos também... E depois de já passar muitos sofrimentos, ele acaba desfigurando seu rosto. E nesse momento chega o limite para que a mulher se separasse.
E fiquei a refletir, o quanto realmente muitas pessoas acabam assim, se acostumando com o que não está tão bom... E como cada pessoa tem seu limite diferente. Uma determinada pessoa, por exemplo, jamais admitiria nem ao menos a primeira agressão verbal, e assim, sucessivamente...

Mas voltando ao meu assunto inicial, percebi que fiz a decisão certa quando decidi ir para a área do prazer... Que isso também é dolorido, é diferente, é estranho, e isso parece ser um sofrimento... mas não, isso tem sido minha maior alegria! Minha conclusão, agora, portanto, é que esse momento, é exatamente, a melhor momento que eu poderia passar! E vou só aproveitar esse momento mágico... e me INSPIRAR! (Dia 05.03.12 na verdade...rs) 

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